TEIAS Sonhei que teias invisíveis me enlaçavam E para dias melhores me levavam: Tempos sem tantas dificuldades. Tempos sem tantas perdas, horror. Tempos sem tanto abandono, Tempos sem tanto desengano, Tempos sem tanto desamor! Os fios das teias desatavam os nós Do coração bobo, mole, Da necessidade interna, infantil, De autoafirmação, De ser boa, amiga, de ser nobre. E me jogava num mar De auto estima, simplicidade Onde nada me requisitava ou desafiava. Onde não havia carências, nem necessidade De minha força, de minha insistente tolice As teias me levavam fora da urbanice, Para uma nova etapa de esperanças Longe da frieza dos concretos da cidade Onde me esperavam sem mais cobranças: Só acolhimento, poesia e pura afetividade! Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 06/10/2016
Alterado em 08/10/2016 |