RESSONÂNCIAS
Ousei pensar na sensação do vulgo dito homem libidinoso Na hora exata do seu extremo prazer, na luxúria da carne E vi o lobo no cio demente, vi a carência criada pela mente Vi nele o desejo profanado da doçura de um amor de mãe Vi o humano, o divino e o animal em deleite e confusão vital Entranhei-me na resistência do faquir asceta, em meditação Limiar de prazer e dor, sua paixão e obstinação pela salvação Vi a semelhança da eterna busca do prazer pelo incognoscível, Divisei o segredo dos caminhos sem pontes, do outro para mim Descobri assim a milésima das partes soltas que destoam de si A arte poética, a música, no simples senso comum do cotidiano Na emergência de ação efetiva do verdadeiro amor humano Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 14/07/2016
Alterado em 14/07/2016 |