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MÁSCARAS OCULTAS
 
Hoje, desenhei teu rosto em uma tela
Assim ti vislumbrei pela primeira vez
Pois sempre que te olho aqui ao vivo,
Não consigo ver tua face com lucidez.
Vejo só as máscaras onde aproveito
Para apresentar também as minhas
Mas no desenho, consegui encontrar
Os medos medonhos e as artimanhas,
As coisas escondidas que meu intuito
Como amiga que sou, pude captar
Como fazer para que tu se veja agora
Pois tanto quanto tu, estou a mascarar
Parar de usar signos para me esconder
Desarmar o temor que nos persegue
Desse nosso enigmático e profundo ser,
Que se pressente mas que não consegue
Transparecer para o outro o que se pede:
Deixar a fruir a vida sem medo de sofrer.
Destruir as máscaras é deixar aparecer
A verdadeira face oculta para se conhecer.

 

Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 17/02/2016
Alterado em 28/08/2022


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