AS BORBOLETAS E AS FLORES
Ah! Mas que bela aparição! De repente surgem elas, Entre as folhagens do sapoti E do verde musgo, e miúdas Folhas do enrugado pé de cajá. Eram belas, surreais borboletas! Batendo sem pressa suas asas Subiam suaves, davam um breque Depois voltavam a voar elegantes Como num passe de eterna mágica. Algumas, num vôo raso pousaram Perto das pitanguinhas maduras. Aí, o vento balançou mais forte Ameaçando uma possível chuva. Foi quando as flores da pitangueira Começaram a singrar vôos no ar Soltando-se lentas e docemente Como se fossem miúdas borboletas Que estivessem também a bailar; E então, nessa doce apreciação Passou aquele instante de leveza, A chuva veio, fechou-se a janela. E toda aquela passagem de magia, A natureza guardou toda com ela , Com promessa de trazer outro dia! Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 13/02/2016
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