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Viagem com Tânia por um mar desconhecido...

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NO DIA DE SANTO ANTONIO, DIA DOS NAMORADOS:UM ENCONTR DE AMOR!
Por: Tânia de Oliveira
Era Dia de Santo Antonio... O Dia dos Namorados. A festa rolando, a quadrilha dançando, o pipocar dos fogos juninos e Maria ali sentada com ar nostálgico. Aceitara o convite dos primos pra vir a festa da escola mas estava ali sozinha sem eira nem beira. Será que o problema seria a sua timidez...ou talvez porque não era bonita. O mundo é para os belos...pensou e riu.
De repente um estilhaço de buscapé pegou na camisa de alguém em sua frente. Foi intempestiva. Saltou nas costas do atingido e deu-lhe uma tapa apagando o fogo, enquanto o vitimado gemia de dor. Mas tudo ficou bem. Tirou a camisa e viu a parte queimada que ainda havia ferido  um pouco. Todos ajudaram, colocaram gelo e mesmo de camisa rasgada, com o “coro” sapecado pelo fogo, Adriano não desistiu da festa. Voltou-se em atenção para sua salvadora agradecendo a gentileza da valentia de defender ele do rojão. Maria sorriu e aceitou dançar forró com seu novo amigo.
 Ele era um pouco mais alto que ela e dançava divinamente. Puxava ela de lado rodava segurando-a com firmeza depois puxando de vez e encostando seu rosto no dela... Voltava ao som gostoso do forró... dava uns passinhos no ritmo e começava tudo novamente num deslizar sensual gostoso e inebriante. Dançaram bastante e parecia que tudo estava maravilhoso. De repente pararam e foram tomar quentão na barraca. Maria bebeu dois golinhos e ele um pouco mais. Saíram de mãos dadas como de fossem conhecidos de muito tempo. Ela brincando,  passou provocativa o dedo no rasgão da roupa dele...ele fez um ai dengoso e deu um beijinho no rosto dela. Agora estavam num local mais claro e os dois ficaram se olhando longamente como se estivessem enfeitiçados.
Eles não conversavam. Parecia que estavam com medo da sintonia mágica acabar. Caminharam pelas barracas, cumprimentavam os conhecidos e de repente ele comprou uma maçã  do amor e comeram juntos sempre olhando um nos olhos do outro. Maria parecia hipnotizada por aquele estranho. Ele inspirava confiança e tudo nele lhe agradava... até o silêncio.
Ficaram de pé olhando os outros dançarem. Ela de costa ele enlaçando ela pela cintura e cheirando seu cabelo enfeitado de fita vermelha. E uma emoção estranha aumentado e invadindo a alma de ambos. De repente os dois ao mesmo tempo se voltam um para o outro e sob a luz dos candieiros decorativos trocaram um delicioso beijo de amor.
- Como é seu nome: perguntou ele baixinho em seu ouvido. Ela respondeu no mesmo tom: Maria... e o seu?- Adriano.. .esse é meu nome princesa. E como se por medo de perder o encanto voltaram a dançar agora bem agarradinhos. Nisso Paulinho primo de Maria dar um berro: - Hei Adriano que está fazendo aí com minha prima? Chegou então a hora das apresentações reais...
Saíram para lanchar na orla. Adriano estudava na faculdade de Hélio um dos primos de Maria.
Ambos quase não falavam. Foi uma atração à primeira vista e uma sintonia que só aumentava quando eles conversavam. Gostavam das mesmas músicas,  tinham as mesmas opiniões políticas e religiosas. Ambos estavam solteiros esperando um pelo outro.
Na despedida Adriano abraçou-a com força beijou –a com emoção e sentiu uma alegria muito grande em  saber que ali era o inicio de uma bela história de amor.
Poxa nunca imaginaria que Santo Antonio iria lhe presentear com um namorado tão especial no seu dia: pensou Maria!
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 11/06/2015
Alterado em 11/06/2015


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