VENDO A VIDA
Por: Tânia De Oliveira E tudo foi se desenhando como em passe de mágica Diante de meus olhos atônitos... nem coloco minhas mãos Mas ainda assim vejo minha casa...os meus pais e irmãos A vida...a terra... as horas ...a dor e a ausência de labor A inutilidade dos corações das pessoas... sem amor Vi de tudo que se possa imaginar Nessa minha ida quase meio dia em ponto ... Aqui na minha vida como está E na labuta das outras pessoas ao meu redor Que vagueiam daqui pra la Quanto horror... quanta incongruência ... Quanta paisagem de assombração Mas...Oh! Quanta solitude no rosto dos que dormem Sem lençóis muita vezes molhados...no chão Rostos desesperançados de lutar ... Desconhecidos da ajuda de uma mão Passo os olhos diante no desfile de imagem De crianças inocentes...umas endinheiradas... Outras protegidas e outras Apenas exploradas e doentes Quanto me passava por esses caminhos Que as horas encurtam Passo a interpretar o que nessas cortinas Aos poucos da memória se desnudam Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 28/05/2015
Alterado em 25/02/2017 |