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  VOCÊ VAI ENCONTRAR O GRANDE AMOR DE SUA VIDA...ESSE ANO!
Por: Tânia de Oliveira Ela vinha de relacionamentos outros que não deram certo. Estava carente, autoestima la embaixo e uma pergunta fresca no juízo: - Porque as coisas não dão certo comigo? Tomou um susto quando uma mulher de saia rodada fitou-a de frente e falou como se estivesse adivinhando seus pensamentos: - Você vai encontrar o grande amor de sua vida nesse ano de 2015! Aline se engasgou e respondeu trêmula:- O quê??? Mas a estranha mulher seguiu seu curso sem nada responder...Aline surpresa se perguntou: - Será que tive uma visão? Não pode retroceder, pois a vida não é filmada em câmaras. Voltou ao trabalho, agora olhando-se no espelho frente ao seu birô viu quanto precisava melhorar sua aparência. Dedicando-se ao trabalho esquecera de si . Preciso cuidar da aparência e da essência...pensou! Em casa, decidiu tirar suas férias vencidas e viajar. Mas para onde? Viajar sozinha? Coisa mais sem graça. Ligou para as filhas. Nada. Para os filhos, nada. Todos estavam se adequando aos seus interesses... menos ela. Precisava fazer alguma coisa para quebrar aquela rotina cansativa. Ligou para as velhas amigas. Um dos telefonemas deu certo. Sonia na linha respondeu: - Estou em minha casa de praia...venha praqui! Você vai amar a calma e a beleza desse lugar. Estou em Pajuçara, Maceió, Alagoas! Combinaram tudo. Aline viajou! Ali certamente era um pedaço do Paraíso. Que praia linda! Deitada na rede, contava para sua amiga sobre a misteriosa cigana que a interpelou e sua premonição. Sonia e seu pai caíram na risada. Mas aquele fato interessante despertou a curiosidade dos dois que a enchiam de perguntas. Assim Aline ia desenrolando sua vida cheia de sonhos quebrados, cujo único êxito se dava no lado profissional. De repente o pai de Sonia perguntou: Posso escrever sobre sua vida? De repente você despertou minha inspiração. Estou travado e sua história de vida dar um romance e tanto. Ela não aceitou o desafio. Sempre muito discreta, introspectiva embora alegre, adorava o anonimato. Mas Daniel insistiu. Apresentou-se. Era um escritor amador mas adorava contar histórias. Escrevia com pseudônimo, mas já tinha livros publicados até fora do país. Ofereceu alguns exemplares para que ela visse o estilo de seus escritos. Ela agradeceu, guardou os livros e foram para a praia. Só agora Aline soubera que o pai de sua amiga era separado de sua mãe por vários anos. Ela era médica e em uma de suas viagens de residência conhecera um colega de profissão e estão juntos até então. Foi um amor louco. Isso deixou Daniel muito sofrido pois ela teria sido a primeira namorada de sua vida. Sonia embora não julgasse a mãe, ficou do lado do pai o tempo todo. Ele, além professor de Literatura vivia de escrever. Era mais que tudo um cronista. Praticava Ioga, meditação. Embora não fosse religioso era fascinado pelas coisas orientais. Aline estava encantada com o novo amigo. Ele era fino, delicado, atencioso. Falava baixo e muito pouco.Parecia com ela. Na praia enquanto ela nadava e brincava com as águas junto a sua amiga, observava com o rabo do olho ele na areia em posição de ioga a respirar compassado! Era ainda cedinho. Quase cinco horas.E a água já estava morninha. Convidou a amiga para caminhar. E la seguiram a colher conchinhas naquele mar maravilhoso. Ao voltar Daniel estava indo ao encontro delas. Ao vê-las ambas com os chapéus cheios de conchinhas, acolheu a ambas e convidou-as a devolver as conchinhas ao mar. Sorriram e aceitaram. Ele fora convincente com os argumentos. Voltaram. Pai e filha deitaram na rede e Aline fora até seu quarto. Estava ansiosa para ler o que Daniel escrevia.E ficou deslumbrada. Que riqueza de alma! Que homem maravilhoso! Nem parecia um agnóstico! Alma cheia de vida! Voltou rápida até a varanda e imediatamente fitou Daniel nos olhos: - Amei seus escritos! Ele iluminou-se. Havia um diálogo silencioso entre os dois. Sonia sentiu o clima, pulou da rede e foi preparar um peixe na cozinha. Automaticamente ela sentou-se na rede. Ele segurou sua mão colocou sobre seu coração e fechou os olhos. Ela ficou parada, caladinha sentido-se feliz. Almoçaram, riram juntos e pouco conversaram. Ambos estavam queimados do sol da praia, o corpo ardendo e uma paixão surgindo entre os poros, a mente, a razão, os sentimentos. Jogaram frescobol, comeram ostra, ele roçou o rosto no ombro dela e foi procurando a boca onde deliciou-se de beijos. Sua lingua, sua pele, seus olhos expressivos se comungavam como se estivessem sido premiados pelo olimpo. Fizeram amor a noite toda, apaixonados. Chegaram ao clímax juntos, de mãos dadas. Aquele sim, era o amor de sua vida! Aquela sim era a amada de sua vida! Demorou mas chegou. Nunca mais nenhum dos dois ficara sem a presença do outro em sua existência terrestre! Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 29/01/2015
Alterado em 04/06/2015 Comentários
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