O QUADRO
Por: Tânia de Oliveira Aquele quadro forte, com aquela pintura, No estilo da época que fora composto, Com muita cor e pouco crivo de textura, Foi um quadro simbólico com exatidão, De estilo tipo abstrato, que falava claro Coisas do ser, e dos assuntos do coração. Símbolo em cores, do amor das criaturas, Que através das tintas e suas pinceladas, Manifestam sentimentos em suas misturas. Pintou o desamor quando desponta quente, Em cor camurça, com siena de tom escuro, Para o choro doloso do sentimento ausente. Para o sentir, em conflito com a razão, Pincelou um fundo de azul cobalto tênue, Com tons de ocre ouro, em forma de coração. Pincelou choros, mágoas, dor e languidez Com tom cinza e um pouco de roxo claro Representando os amores que não tem vez. Já o cádmio, representava um bem amado, Que não conseguiua retribuir o outro, Por está preso, num desengano do passado. No meio da tela, em uma linha horizontal, Foi traçando um fio de amarelo nápoles Representando o amor singelo: o maternal. Escolhido, ficou o verde inglês para a paixão, O vermelho para todo amor correspondido, E ficou o branco de titânio para a gratidão. E com o preto, representando todas as cores, Deixou marcado para a tristeza e saudade Que sentem e sofrem indistintos desamores. Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 24/01/2015
Alterado em 20/12/2018 |