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AS BOMBAS SOBRE: HIROSHIMA E NAGASAKI
Por: Tânia de Oliveira


Bummmmm...! Açãoooo...!
Cai a primeira Bomba Atômica
A Bomba de Hiroshima
A terrível e inexorável bomba
Soltando fogo sobre o Japão
Queimando tudo até pessoas
Mas se repete e cai mais outra
Sobre a cidade de Nagasaki 
Outra cidade outra explosão
Enlouqueceram os políticos
Destruindo a humanidade
Matando a população
Que insanos, que maldade
Acionaram de cima a bomba
Sobre as pessoas dormindo
Velhos, crianças, donas de casa
Civis inocentes, meninas, meninos
Lembrança triste de um desatino
Onde quase todos os seres
Derreteram ante o calor
Pereceram... morreram
Brigas dos homens
Indiferença, desamor
E seus interesses de glória
Lutam contra a paz
E ainda falam de vitória
Tornam-se vis os infelizes
Trazendo a dor e suas matizes
Ambição pelos podres poderes
Fazendo seres infelizes
Vão-se a guerra dos interesses...
Nada disso a ONU anota?
Diante de tanta brutalidade
E nenhuma mudança hoje se nota
Deixaram o país na orfandade
Destruíram o povo de duas cidades
Até a esperança ficou morta
E hoje se repetem os acordos nucleares
E ninguém liga, a Paz não importa?

Nota:


Hoje 06 de Agosto de 2015. lembra-se o 70º ano que os Estados Unidos jogou a Primeira Bomba Atômica sobre o Japão PASMEM! COMO OS PAÍSES IMPERIALISTAS ( e... principalmente o ditatorial Estados Unidos da América) SE "ENCHEM DE MORAL "PARA DITAR NORMAS PARA OS PAÍSES POBRES...e MAIS AINDA ...COMO ELES SE SUBMETEM...mas vamos a história...No dia 6 de agosto de 1946, o mundo conheceu pela primeira vez o potencial destrutivo de uma bomba atômica. Às 8h15 da manhã no horário japonês, o B-29 Enola Gay da Força Aérea norte-americana atirou um dispositivo nuclear sobre a cidade de Hiroshima. Três dias depois, o B-29 Bockscar fez movimento semelhante, atingindo Nagasaki.
essa mesma hora, a 6 de agosto de 1945, era lançada a primeira bomba atómica em cenário de Guerra, pelo bombardeiro norte-americano Enola Gay. A bomba tinha o nome de código "Little Boy", três metros de comprimento, 71 cm de largura e uma potência equivalente a 13 quilotoneladas de TNT. 
Estima-se que a bomba, que detonou a cerca de 600 metros de altura muito próximo do local onde foi erguido o Parque da Paz, acabou de forma imediata com a vida de cerca de 80.000 pessoas. 
No final de 1945 o número de mortos era elevado a cerca de 140.000, sem contar as vítimas da radiação nos anos posteriores. 
Bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki
Os bombardeios atômicos de Hiroshima e Nagasaki foram ataques nucleares ordenados por Harry S. Truman , o presidente do Estados Unidos , contra o Império do Japão . Os ataques foram realizados em 6 e 9 de agosto de 1945. Após seis meses de intenso bombardeio de 67 outras cidades, a arma nuclear Little Boy foi lançada em Hiroshima nasegunda-feira 1 de 06 de agosto de 1945, 2 seguida pela detonação da bomba Fat Man on quinta-feira09 de agosto em Nagasaki . Até à data, estes atentados são os únicos ataques nucleares da história. 3
Estima-se que até o final de 1945, as bombas matou 166 000 pessoas em Hiroshima e 80.000 em Nagasaki, 4 totalizando cerca de 246 000 mortes, embora apenas metade morreu no dia do atentado.Entre as vítimas, 15 a 20% morreram de ferimentos ou doenças atribuídas ao envenenamento por radiação . 5 Desde então, algumas outras pessoas morreram de leucemia (231 casos observados) e vários tipos de câncer (334 observadas) atribuíveis à exposição à radiação lançado por bombas. 6 Em ambas as cidades, a grande maioria das mortes foram de civis. 7 8
cientistas americanos enviados a Hiroshima para analisar os efeitos da explosão em objetos e pessoas calcularam que os que estavam dentro do raio de 1 quilômetro de distância do hipocentro (denominação técnica do local da explosão, também chamado de ground zero – expressão hoje famosa para assinalar o local onde ficava o World Trade Center, destruído no atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 em Nova York, mas que foi usada pela primeira vez em Hiroshima) teriam morrido de imediato – o que se subentenderia “sem sofrimento”. Isso porque nesta área o calor emitido pela explosão alcançaria a temperatura de 6 mil graus Celsius (uma pista disso foram bolhas formadas em telhas de pedra). De fato, as pessoas que estavam a menos de 500 metros do hipocentro sem qualquer objeto que eventualmente agisse como barreira contra os efeitos diretos da explosão não tiveram qualquer chance.
O mero clarão da explosão desintegrou algumas pessoas. Durante anos uma misteriosa sombra impressa nos degraus que restaram da entrada de um prédio no centro de Hiroshima intrigou os pesquisadores, até que se descobriu tratar-se da sombra de uma pessoa que estava sentada naqueles degraus, desintegrada no momento da explosão. Outras centenas faleceram daquilo que passou a ser comumente chamado de “fervura do sangue” – a altíssima temperatura gerada pela explosão fez tudo o que fosse líquido ferver. No caso do corpo humano, o sangue entrou em ebulição e órgãos internos cozinharam. A morte foi tão instantânea nestes casos que corpos carbonizados de passageiros de bondes foram encontrados exatamente na posição em que estavam – alguns sentados segurando vestígios de bolsas ou pacotes, outros em pé, segurando-se nas barras de apoio. A grande maioria, entretanto, teve tempo suficiente para ter consciência de que iriam morrer, subentendendo-se, obviamente, que houve sofrimento.
Yoshitaka Kawamoto tinha 12 anos quando estudava numa escola primária em Hiroshima, a 700 metros do hipocentro. Teria sido um dia de aula normal, quando todos ouviram o som de um avião se aproximando – o que era estranho, pois as sirenes de alerta não haviam tocado, o que de imediato teria feito os professores evacuar as salas e direcionar os alunos para os abrigos. A criançada curiosa levantou-se das carteiras e correu para as janelas para observar o avião. Kawamoto sentava-se longe da janela, e não conseguiu chegar até ela. Ele acha que no momento do clarão ele estava atrás de uma parede de concreto, que o poupou de queimaduras mais sérias, e quando veio o estrondo e o impacto da explosão, o andar de cima desmoronou. Um calor absurdo o fez sentir como se estivesse cozinhando vivo. Alguns instantes depois, em meio a pó, entulho, choro e gritos de desespero, Kawamoto deu-se conta de que estava ferido (um braço quebrado, estilhaços de vidro pelo corpo e queimaduras), mas estava vivo. Procurou seu melhor amigo, um colega de classe, chamando-o pelo nome. O amigo, muito ferido e cego pelo clarão, o ouvia e tentava ir até onde Kawamoto estava tentando ficar em pé, mas caía ao fazê-lo, provavelmente com a coluna fraturada. Kawamoto percebeu que não apenas seu amigo, mas todos seus colegas estavam na mesma situação, gravemente feridos. Queria ajudá-los, mas eram muitos e ele era o único que ainda conseguia andar. Sentindo que ia morrer, o amigo pediu a Kawamoto que entregasse seu caderno à sua mãe. Kawamoto remexeu no entulho até encontrar o caderno do amigo e fugiu. No pátio da escola, encontrou seu professor de educação física. O homem estava completamente desfigurado, em carne viva, com grandes pedaços da pele desgrudados do corpo, mas Kawamoto reconheceu-o pela voz. Mesmo naquele estado, o professor estava carregando um aluno morto, e lhe ordenava a ajudar a recolher os corpos de outros alunos que estavam espalhados pelo pátio, amontoando-os sobre um carrinho para carregar material. Não houve tempo para fazer muito. Pouco depois, o professor simplesmente caiu morto.
Durante horas, Kawamoto andou pelas ruas de Hiroshima procurando ajuda, mas tudo que ele encontrava era mais mortos, gente queimada, desmembrada e incêndios. A destruição tinha tornado a cidade irreconhecível e ele vagou perdido pelo que havia restado das ruas, até finalmente desmaiar de exaustão. Acordou olhando para um soldado, que lhe explicou que ele havia ficado inconsciente e delirado por dias. Alguns dias depois sua mãe, ilesa por morar na zona rural de Hiroshima, atrás das montanhas que circundam a cidade, o encontrou. Em casa, Kawamoto adoeceu e perdeu os cabelos – a “doença da bomba”. Na época, isso era prenúncio de morte certa. “Se hoje estou vivo, é graças à minha mãe”, contou Kawamoto. “Não sei o que ela me dava, mas lembro-me de que ela saía às 3 da madrugada para buscar uma erva que crescia a uma caminhada de uma hora de casa, com a qual ela fazia um remédio para eu tomar. Não sei se foi essa erva, mas aos poucos eu melhorei. Sem a dedicação dela, eu teria morrido”. Kawamoto foi o único sobrevivente da escola onde estudava.
Assim como muitos hibakusha, Kawamoto procurou reconstruir sua vida evitando as lembranças do dia da explosão. Posteriormente, ele procurou a mãe do amigo, a quem havia prometido entregar o caderno de classe. Infelizmente, Kawamoto perdeu o caderno quando desmaiou no dia da explosão, mas cumpriu o desejo último de seu amigo, de ao menos fazer sua mãe saber que ela estava em seus últimos pensamentos. Kawamoto casou-se mas não teve filhos, temendo que a exposição à radiação causasse danos a seus descendentes. Entretanto, já sexagenário, decidiu enfrentar a dor das lembranças e tornou-se diretor do Hiroshima Peace Memorial Museum. Durante anos ele narrou pessoalmente sua história aos visitantes do museu, diante da maquete que reproduz a cidade em ruínas pouco depois da explosão, indicando com o próprio dedo onde se localizava a escola onde sua geração pereceu.
Nenhum relato entretanto tornou-se mais completo, mais comovente e mais conhecido no mundo inteiro que uma história em quadrinhos. Entitulada Hadashi no Gen (Gen, Pés Descalços), esta narrativa de mais de 800 páginas foi escrita e desenhada nos anos de 1972 e 1973 por Keiji Nakazawa – ele mesmo um sobrevivente da explosão de Hiroshima. Não se trata de uma história em quadrinhos ficcional. “A história de Gen é a minha história; a família dele é a minha”, explica Nakazawa em entrevistas, que até hoje não consegue evitar a emoção e a voz embargada ao dizê-lo. No dia da explosão, Nakazawa perdeu o pai, a irmã mais velha e o irmão caçula, presos nos escombros da própria casa, construída de madeira e que ruiu com a onda de choque. Aos 7 anos, ele presenciou sua família ser carbonizada viva, quando o incêndio que tomou a cidade após a explosão atingiu a casa.
 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 10/08/2014
Alterado em 06/08/2015


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