SUTILEZAS DO TEMPO
Por: Tânia de Oliveira Há em cada sensação vivida um sinal de impotência Como pensar a história sem o rigor de se fazer ciência Pela falta de capacidade que temos de criar o amanhã Repetimos os conceitos acadêmicos e sua filosofia vã E ficamos abobalhados o tempo todo a jogar dado Sem o poder de controlar as controvérsias do passado O concreto duro dos asfaltos e prédios nem se nota Como a beleza do voo vazante e rasgado da gaivota A dor humana continua intensa e todos sarcásticos Continuamos a comer e a beber quase automáticos O relógio é contínuo disciplinado e as horas passam Com as doenças e epidemias que impunemente matam As crianças crescem e o adulto medroso apenas mente Divulgando a ilusão de um futuro talvez inexistente Mas a pureza inexorável do tempo sempre nos aflora Na contingência do passado ante o desafio do agora! Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 01/08/2014
Alterado em 20/04/2017 |