JOIA RARA
A maturidade chegara para ele. Mas cada ponto de encontro viera Um pouco antes desse tempo Era aquela paz da casa do rio Paisagem que vira anos atrás Quando resolveu caminhar a pé. Limpava a mesa com as mãos Passava sem pressa, calmamente Curtia coisas bem simples assim. A respiração leve, compassada O cérebro no entanto, a todo vapor Não era uma pessoa qualquer No seu tempo de amadurecimento Encontrara aquela chave mágica Para soltar os ressentimentos E desprender as inutilidades Sem defesas, detrezas, sem a luta Permanente da ação da eterna guerra Repassada pelo seus antepassados. Ponderara tudo, desde a política Aos sofisticados silogismos mentais Inventados pela busca humana Do poder do domínio sobre o outro. Agora sentia-se totalmente livre. Conectou-se consigo, misturou-se Ao obscuro mundo e à luz de tudo Desde o simples, ao mais profundo. Perdera então o medo de perder Pois agora na parte continha o tudo, Desde a alegria, à dor do mundo. Cada instante em que respirava Era uma viagem ao encontro mágico De tudo que sempre sonhara: Na sabedoria a paz, uma jóia rara! Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 24/09/2017
Alterado em 24/09/2017 |