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  A PALAVRA DE MARIANA
Ela cantava enquanto puxava as sandálias Pelas folhas secas do caminho do recanto. Na voz embargada um canto triste de conto de fada: _ “Jardineiro de meu pai Não me corte os meus cabelos, Minha mãe me penteou, minha madrasta me enterrou, Pelos figos da figueira que o passarinho beliscou”... Decerto a tristeza descongelava as coisas da infância Aquelas que certamente, não foram resolvidas, Num processo desanimador de coisas apreendidas. Deu de ombro, jogou o cabelo para trás de repente, Numa promessa para o novo ano que se aproximava, Aconselhada pela palavra de Mariana que a interpelava. Ela, mensageira dos ensejos, dos antepassados. Recebeu então a senha: “Ser feliz”... Tome um banho curativo e use a competência da vontade Para resolver e exorcizar todas as energias ruins Espantando tudo que lhe fizesse desanimada E que lhe distanciaria da capacidade de amar ; Bebeu o cálice que recebeu ... E tomou o banho de ervas e pétalas brancas de rosas. Tudo para exorcizar e superar medos ... Para enfrentar o tufão e as mandigas das pragas antigas Sobre os desvendamentos dos mistérios do coração Feliz Ano Novo...Feliz 2017... irmã...irmão! ( Poema inspirado pela amiga Mariana Leocádia) Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 31/12/2016
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Tela de Claude Monet