Minha Casa...Minha Alma...

Viagem com Tânia por um mar desconhecido...

Textos


MATRIZ: A MENTE
( Capitulo I)

É só observar o diálogo interno que acontece com você. É possível distinguir dois personagens? Não, não estou falando do dualismo dos esquizofrênicos. Estou falando de um processo natural que para nos comunicarmos vou ter que dar nomes. Aprendi vários nomes, mas vou escolher o que achei mais familiarizado com a situação. Mente e Consciência. Bem, acordei hoje observando um diálogo muito interessante entre esses dois personagens, dentro de mim. Pensei imediatamente em escrever, mas entre o escovar os dentes, ir ao sanitário e chegar ao computador – o tempo -, as ideias foram se embaralhando e estou esquecida do importante diálogo. Mas certa de eu vou recuperar, que vou lembrar. Será? A tagarelice dos pensamentos da mente dispersou. Vou tentar escrever tudo pelo resgate, começando assim.
O que me fez ficar dispersa? A minha matrix – o pensamento -, ardilosamente levou-me ao esquecimento para não ser descoberto? É assim que acontece? E quem controla meus pensamentos? Ele se auto controla? Independente da minha vontade? E ele usa o tempo “para me enganar?” Pronto, estou perdidona para encontrar essa resposta porque um turbilhão de argumentos me embaraça; Isso dentro da própria mente. Chega a ser engraçado.
Lembrei pelo menos do assunto que abordei ao acordar: era sobre a dor, a doença, a velhice, a degeneração, a morte. A mente é quem cria tudo isso? Essas coisas ruins?
Partindo do ponto de que temos o lado orgânico, animal e o lado espiritual, posso dar-lhes nomes. Chamarei ao lado animal “Mente” e ao lado espiritual “Consciência”. E direi que existe uma batalha em mim o tempo todo entre o “Mal” – a Mente -, e o “Bem” – a Consciência -, com a finalidade única de me fazer feliz ou infeliz.
Quando acordo sei que preciso caminhar, fazer uma atividade física, descobrir alegrias na­­­ rotina cotidiana, e inventar formas de fazer o bem para mim e para os outros (principalmente aos mais próximos), na medida do possível.
E o que me impede? De repente, uma fadiga, um desânimo tolhe a vontade e controla a ação. Ondas de pensamentos se embaralham. Seja uma tendência à inércia com a desculpa de idade avançada, seja a criação de algum medo em relação à sua imagem, seja uma indolência inexplicável que a mente julga e classifica de depressão. La no fundo algo diz: é sua incapacidade de amar. Ou é sua necessidade de ser “boazinha”, necessidade de “agradar”. Ou seja sua incapacidade de ser “simples”.
Quem é esse promotor de justiça, cheio de juízos de valor? A mente ou a consciência? E além da mente e da consciência existe um expectador que está escrevendo isso? Quem ? eu? Quem sou eu? Sou um terceiro personagem além da consciência e da mente? Ou o que chamo “eu” é a consciência tomada por um “hospedeiro” que me escraviza, que chamo “mente”?
Quantas dimensões há em meu ser? Quem dentro de mim nesse momento está argumentando: vai ter coragem de publicar essa sua conversa intrincada? Maluca?
Bem, um parêntese para terminar esse primeiro momento: Esqueci completamente o diálogo que me estimulou a escrever esse texto. Pelo menos registrei o que a mente articulou para me fazer esquecer. O que ela pretende? Será que amanhã quando acordar eu terei chance de lembrar? Amanhã? Novamente a questão do tempo. Tudo de bom acontece no agora. E esse instante mágico eu perdi.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 27/07/2016


Comentários

Tela de Claude Monet
Site do Escritor criado por Recanto das Letras