MANHÃ DE ALEGRIA
Por ser gracioso, ele, Luan, é uma forte de energia e satisfação. Fomos fazer mais um piquenique no sítio. Só ele e eu, meu neto. Isso logo cedo quando todos estão dormindo para o banho de sol. Frajola nos acompanhou mas como não gosta de frutas, ficou quieto. Achei uma acerola, aliás duas madurinhas. Nem lavei. A cigarra cantou. Luanzinho andava apressado de um lado pra outro. Eu olhava pra cima. Procurava frutas nas copas das árvores. De repente, perto, um baque. Mais uma jaca caia a poucos metros. Evito passear embaixo dela. Luanzinho, olhar inteligente, olhou surpreso e interrogativo para mim. Ah! Fizemos a festa. Parti a jaca em dez pedacinhos e fui limpando Tem grude, tem bambão, tem uns auvéolozinhos que seguram os bagos. As cigarras continuavam cantando e eu e o Bebê saboreando o docinho. Voltei a atenção para as cigarras. O canto delas é um mantra de alegria Senti também alegria. De estar viva, de ter o Luanzinho ali e das cigarras Luan chiringou água da torneira em meu rosto e sorriu enquanto comia E enquanto molhava os pés na lousa da pia. Batia os pés e gargalhava, Nem sei porque estava tão alegre, se pela água, ou os bagos de jaca. Eu também sorria e beijoqueira como sou, cheirava o cangotinho dele Nada de sol. De repente outro gatinho branco aparece na mangueira, Luan dar um gritinho, aponta para ele e procura achar o Frajola por perto Ora, o Frajola preguiçoso já havia subido para terminar a soneca dele O gatinho branco do sítio vizinho estava nos olhando com carinho. Luan fez um gesto chamando ele. Acompanhei "pxui, pxuí, pxuí". Nada. O gatinho do canto não saiu. Voltamos a atenção pra jaca e pra água. Nada do sol aparecer. Envolvi o Bebê na manta e subi pra fazer um suco. Assim terminou mais um piquenique com meu netinho Luan Gabriel. Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 30/03/2016
Alterado em 31/03/2016 |