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Viagem com Tânia por um mar desconhecido...

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UMA PAIXÃO PROIBIDA
Por: Tânia de Oliveira
     Aquela paixão proibida tinha um que de intrigante. Marília nunca fora de gostar de homens casados, bastava saber que o outro tinha uma simples namorada...virtual, ela terminava a relação.
         Mas naquela tarde após o cinema foi lanchar no shopping e conheceu alguém. Ele colocou sua bandeja na mesma mesa que ela. Começaram uma conversa coloquial, e daí para uma intimidade maior foi um passo. Marcaram um encontro. E desse encontro nasceu uma paixão.
     No início ela pensava que ele era solteiro. Já no terceiro encontro onde estava mais envolvida, ele confessara. Era casado há três anos mas estavam em crise e ele iria se separar. E porque não dissera logo?
     Levantou-se da mesa e foi imediatamente embora. Ele continuou insistindo, ligando e ela cedeu. Assim foram passando os dias, meses e a paixão acomodou-se em um relacionamento onde ele nunca se separava da esposa e ela se submetendo ao complexo de culpa, às tardes de final de semana, aos encontros amorosos em motéis e restaurantes distantes.
     Até que um dia, confidenciou-se com uma amiga de infância. Foi a melhor coisa. A amiga mostrou que ela não merecia receber tão pouco! Combinaram passar uns dias das férias  no interior. Não diria nada a ele.
     No passeio conheceria novos amigos ...novas opções. Dançou forró, curtiu um belo jogo de polo na piscina. Novos ares, novos amigos, quem sabe novas chances? Determinou-se a terminar o relacionamento.
     Ao voltar foi direta. Carlos descabelou-se dizendo que  estava apaixonado, não saberia mais viver sem ela. Mas Marília estava determinada. Não queria um relacionamento pela metade.
     No outro dia recebeu um telefonema da esposa de Carlos. Marcaram um encontro. Embora temerosa ela aceitou e compareceu ao encontro.
     Ficou surpresa. Ela era linda, esbelta, inteligente. Além de tudo educada e gentil. Conversaram o indispensável. Ela falou que ele pedira a separação e explicou que estava apaixonado por Marília.
     Izabel, muito nervosa, embora aparentando segurança, explicou que Carlos já havia tido outro relacionamento anterior ao dela. Mas com pouco tempo, voltara pedindo perdão. Agora podia ser que fosse sério, mas que nada garantia, pois ele mostrou-se ser muito instável embora ela fosse perdidamente apaixonada por ele, mesmo sabendo dessa sua fraqueza.
     Marília ouviu tudo em silêncio e no final com os olhos cheios de lágrimas segurou as mãos da jovem esposa traída, pediu perdão, explicou sua situação e disse que naquele momento entendia como não amava aquele homem. Acomodou-se apenas a uns encontros para quebrar sua solidão, mas que não passara disso. E salientou que também tinha certeza que ele não a amava como dizia. Queria prolongar apenas mais uma aventura prazerosa, talvez porque sabia quanto a esposa o amava e como sempre o perdoaria.
     Garantiu sair do relacionamento para sempre mas pediu a ela que aceitasse a separação para que ele sentisse falta dela e não ficasse tão seguro de seu eterno perdão. Despediram-se como amigas.
     Marília terminou tudo pelo telefone, indiferente às ameaças de desespero de Carlos.
     Final de semana voltou com a amiga para o interior. Entre forrós, serenatas, passeios de bike e trilha, esqueceu por completo aquele relacionamento sem raízes.
     Quando chegou a primavera Marília fora presenteada com um relacionamento franco com um homem solteiro que lhe trouxe uma paixão verdadeira e correspondida. Ambos eram muito românticos.Bil embora um ano mais jovem era versátil, carismático e tocava violão divinamente. E ela adorava cantar. Além de tudo eles formaram um par perfeito para o amor
     Após alguns meses Izabel liga para Marília agradecendo a dica, pois deu um chá de frieza no marido por dois meses e agora ele voltava inteiro, sofrido,  jurando nunca mais se separar, pois descobriu que a amava acima de tudo e de todas. Será? Ah! Isso só o tempo diria!...
Tânia de Oliveira
Enviado por Tânia de Oliveira em 25/01/2015
Alterado em 17/07/2015


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